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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Lendo o Bug da Vida

Bug da vida!
Por: Alex Bonfim 
01/02/2018 

No mundo da pós-modernidade onde tudo é descartável, se recria e controla está acontecendo um fenômeno com o grupo que controla a tecnologia, este grupo é formado por engenheiros, programadores e analistas de sistemas.

Este grupo de profissionais que mais tem o poder de controlar e manipular o mundo da tecnologia está perdendo o controle de tudo, inclusive de si mesmo.

O fenômeno depressão está invadindo suas almas e não conseguem mais programar suas próprias emoções. Estão em crise existencial, sensorial, emocional, vivem do passado e no passado no que tange suas emoções. Não sabem viver o novo.

Perdem dinheiro, amigos, sentido da vida, brilho e até se perdem. No envolvimento em programar números e códigos, não programam a si mesmos para se sentirem melhores.

Os códigos da alma são esquecidos e esquecem dos códigos dos relacionamentos consigo mesmo, com as pessoas e com a essência da transcendência.

Isolados dentro de si mesmos, navegadores de noites solitárias e sem sono, sabedores de todas as manipulações e criações cibernéticas, donos do saber inigualável, apurados pela inteligência lógica, objetiva e imediata, eles controlam tudo, menos a si mesmos.

Sofrem o apagão e deletam as sensações, emoções e relações afetivas que os tonam homens normais. Apagam da vida a arte, a sensibilidade das flores, esquecem até de presentear suas amadas com flores, outros até se apaixonam, mas não sabem lidar com a paixão, pois ela só preenche a necessidade imediata e não a essência da vida a dois.

A paixão não se programa, não é um “level” novo de um jogo eletrônico e momentâneo ou circunstancial onde seria o preambulo de uma outra etapa.

Perderam a essência dos enredos da vida e das vivências necessárias para construir uma história humana interior.
Nem escutam mais o companheiro porque acham que já sabem o que o outro pensa, fala e sente e já determinam a conclusão no diálogo, tudo é “templete” modelos pré-criados, o que não é verdade na vida humana.

O poder de análise e reflexão se distanciou no cabo de fibra ótica da vida. E a conexão está agora com as drogas licitas para dormir.

Outros subestimam a vida, as pessoas, o trabalho, pois tem a falsa sensação que num passe de mágicas conseguirão ser Bill Gate e bilionários, no entanto, vivem numa caverna profunda do engano da riqueza pela tecnológia, economia, finanças ou ciência.

Estes homens estão fadados a esquecer de suas almas de suas humanidades em detrimento da lógica e ausência de afetos profundos. Tudo e temporal, descartável e útil para uso, o que não se tem utilidade objetiva se descarta.

Não se pode viver num mundo lógico o tempo todo, a manipulação ou programação da vida está envolvida em domínio das emoções também.

A sensibilidade precisa ser uma válvula de escape e não o rompimento de uma represa.

Controle é bom todo mundo anseia ter, mas não se esqueçam de controlar a si mesmo ao deixar a alma ser leve, inocente e até descontrolada a ponto de demonstrar o que são capazes de fazer e si são capazes de viver sorrindo para vida e não para as pessoas.

Não se esqueçam, tudo é programável, mas a vida não. O que nos torna muito humanos é a capacidade de perceber, raciocinar, analisar e vivenciar experiências que não nos façam viver como descartáveis ou como códigos de programação.


É preciso sensação! 

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