Compartilho experiências, reflexões e trabalhos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lendo Presença

Presença


Não tenho compromisso

Pratico o comprometimento

Não adiro ao ficar

Proponho-me a estar

Não me enjaulo a nada

Trancafio-me ao prazer de permanecer


Relâmpago ou trovão

Ilha ou deserto

Dia ou noite

Mar ou terra

Montanha ou bosque

O que quero é o conforto d’Ele


Paz ou guerra

O importante é vencê-las

Céu ou inferno

Gozá-los-ei quando for necessário

Ofensa ou perdão

Exercê-los-ei sempre que me expor


Honestidade ou omissão

Só compete quando é por razão

Cumplicidade ou reserva de ação

Sempre poderá ocorrer quando de coração

Parceria ou conciliação

Sempre é a incumbência entre irmãos

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Lendo Indiferenças

Indiferença

Não ligo

Não estou nem aí

Não quero saber

Não faço valer

Não quero

Não devo

Não posso

Largo de mão

Sofro temores

Sofro derrotas

Sofro desapegos

Sofro detenções

O que estar em mim é desprazer

De deixar algo não valer

Por isso posso até desfalecer

Quando não tenho o que querer.

Lendo um olhar

Olhar toca.

Sinto um incomodo

Quando tenho acesso ao seu olhar

Vejo um perfil

Irresistível olhar

Que atrai

Convida

Chama

E até balança

Olhar penetrante

Intenso

Que até balança

O que tem nesse olhar?

Intrigas-

Me

E não me conformo com elas

Quero as entender

E olha que não ti vi por completo

Só vi seu olhar

Olha que não me deu seu olhar por atenção

Foi só uma reluzente forma de apreciação

Quais os critérios para você olhar?

É possível corresponder à tamanha luminar?

Oh meu Deus!

Obrigado, obrigado, muito obrigado

Por tamanha visão.

Essa é a minha melhor forma de dizer

O quanto estou sem noção

Com a penetrante espada, olhar,

Desculpa minha modéstia forma de falar

Não te afeto palavras de consolo

Não te entrego migalhas

Não sou educado

Constato.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Intensidades

Intensidades

No rompante da noite

À luz da lua

À presença das estrelas

No testemunho dos astros

Neste cenário

Deixaria meus sentimentos romper seu coração

A conquista seria a saga entre

O galopante e a galopada

Queria ter o lirismo do atrair e seduzir

Queria sentir e ser sentido

Queria ser o adestrador dos desejos mais intensos

Que a fera tem para ser domada

Tive delírio de imaginação

Quando ao ler sua grafia

Despertaste-me desejos e intenções

Tão predatórios de satisfação

Que viraria uma constante sensação inigualável

Viraria desejo por ti existente

Sensações, idem

Mas preciso mais que isso para merecer os seus

Vi-te agora como uma égua

A galopar no bosque de grama

Calvagando com trotes firmes

E impulsionada por fortes tensões

De quem atrás de ti

Conduz seus caminhos de prazer

As palavras te faltam

O fôlego também

Fôlego fartar-te-ia sim, o fôlego

Se em tua respiração

Houvesse obstrução do meu prazer em ti

Prazer ascenderá sim, sem fim, se isso continuar

Palavras nuas e duras serão substitutas

De membros quando no prazer faltar-te fôlego

Arrepios sobrarão tensões comprimirão seu corpo

Se o “the end” não chegar agora

Caminhos podes escolher

E prazer não poderás recusar

Se ao momento que leres essas palavras

Seu corpo não dominais

Toques penetram não seu físico

Mas sim sua imaginação

Desejos podem revirar sua cabeça

E sensações se avolumam

Querem explodir por lugares de escape

Lugares esses que só esvaziam

E aliviam se compensados por mais sensações

Que eclodem da sua alma

Delícia é o sinônimo de prazer

Prazer é o que seus lábios querem

Se imaginares o que tanto tu desejas

Lábios podes sim navegar pelo mar da imaginação

Saibas que desejável és

Assim como uma maçã avermelhada

Seduz quando se vê

E conforta quando morde

Mesmo que lhe arranque um pedaço do prazer

Prazer que massageia a língua de sabor

E que umedece a língua de satisfação

Língua que toca lugares intocáveis

Bom agora seria se

O toque fosse possível ser consumado

Mas a imaginação galopa a quilômetros de distância

Pela admiração e excitação de querer

Como um cavaleiro que cavalgar montado

Proporcionando prazer ao cavalgado

E ao cavalgado seria eu o cavalgador

E a cavalgada você

E nessa posição de jornada

Farte-ia a mulher viajante no prazer

E seus cabelos seriam a rédea.